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Mulheres “rosas” versus auto-estima

Lidiane da Silva Braga - Psicóloga Clínica

Pos-graduanda em Psico-Oncologia

Auto-estima segundo o dicionário Internacional da Psicanálise, é a manutenção do sentimento do próprio valor ou, mais comumente, do amor-próprio. (Mijolla, 2005)

Frequentemente escutamos noticias de mulheres que foram diagnosticas com câncer de mama e têm sua auto estima abalada devido às várias alterações que ocorrem no corpo por causa do tratamento, e principalmente pela localização do tumor, no seio.

As fantasias começam a surgir. Será que vou perder meu seio? O que vai acontecer? Vou ficar com um seio diferente do outro?(...)

O seio é, para grande parte das mulheres, o símbolo da identidade feminina, que representa, por exemplo, a sexualidade e a maternidade. Diante de tantas fantasias e a iminência de perder essa parte, algumas mulheres ficam tristes, angustiadas e podem começar a se dar menos valor por causa das possibilidades que podem se tornar realidade, como por exemplo, a retirada da mama, seja esta parcial ou total.

Percebe-se desde o diagnóstico até o final do tratamento, o surgimento de muitos sentimentos e sensações, é uma fase de mudanças, incertezas e inseguranças. É importante que a paciente se expresse e tenha alguém para acompanha-la, no caso um profissional da área psi, para a paciente poder falar sobre suas questões e principalmente para dar significado ao que ela esta vivendo ou irá viver.

A auto estima como no inicio do texto explica não está relacionada a uma parte do corpo. No processo de psicoterapia, a paciente poderá refletir e questionar, por exemplo, como fica a questão da sexualidade, da feminilidade. A sexualidade não é depositada em uma só parte do corpo, e muitas mulheres após o diagnóstico e o tratamento do câncer de mama, descobrem várias maneiras de serem femininas, seja com a mama ou sem a mama, e vários modos de exercerem sua sexualidade.

O apoio da família, do companheiro, se tornam fundamentais, para que a paciente perceba as suas possibilidades, aumentando assim seus recursos de enfrentamento diante das adversidades que surgem.

Referencias:

Mijolla, Alain de. Dicionário Internacional da Psicanalise. Rio de Janeiro: Imago Ed.2005.

Rodrigues, C.D; Silva, D.C. A ressignificação do corpo mastectomizado em mulheres com câncer de mama e o papel do psicólogo nesse processo. Disponível em: http://www.cpgls.ucg.br/ArquivosUpload/1/File/V%20MOSTRA%20DE%20PRODUO%20CIENTIFICA/SAUDE/35.pdf

O Câncer na Mulher

Por Gabriela  Versiani Costa - Enfermeira do GAPC

O câncer pode surgir em qualquer parte do corpo. Alguns órgãos são mais afetados do que outros, e cada órgão, por sua vez, pode ser acometido por tipos diferenciados de tumor, mais ou menos agressivos. Quanto antes o câncer for detectado e tratado, mais efetivo o tratamento tende a ser, possuindo maior possibilidade de cura e melhor será a qualidade de vida do paciente. O diagnóstico precoce é realizado com o objetivo de descobrir o mais cedo possível uma doença por meio dos sintomas e/ou sinais clínicos que o paciente apresenta.

Os tipos de câncer mais incidentes nas mulheres são os de mama, colo do útero e cólon e reto. Agora, veremos as ações que fazem parte da detecção precoce.

 O Câncer de mama:

Deve procurar um profissional de saúde caso apresente queixas ou alterações como:

·         Sintomas como: dor, calor, edema, rubor ou descamação na mama;    

·         Alteração na forma ou tamanho da mama;

·         Alteração na auréola ou no mamilo;

·         Presença de nódulo ou espessamento na mama, próximo a ela, ou na axila;

·         Sensibilidade ou saída de secreção pelo mamilo, inversão do mamilo para dentro da mama;

·         Enrugamento ou endurecimento da pele da mama (a pele apresenta um aspecto de casca de laranja).

Orientações:                                                                                    

Ø  Exame clínico da mama, para todas as mulheres a partir de 40 anos de idade anualmente, devendo ser realizado em todas as consultas clínicas, independente da faixa etária da mulher;

Ø  Na faixa de 50 a 69 anos, além do exame clínico da mama anual, a mulher deve fazer uma mamografia a cada dois anos;

Ø  Exame clínico da mama e mamografia anual, a partir dos 35 anos, para as mulheres pertencentes a grupos populacionais com risco elevado de desenvolver câncer de mama;

Ø  Garantia de acesso a diagnóstico, tratamento e seguimento para todas as mulheres com alterações nos exames realizados.

O Câncer de colo de útero:

Deve procurar um profissional de saúde caso apresente queixas ou alterações como:

·         Sangramento vaginal após a relação sexual;

·         Sangramento vaginal intermitente (sangra de vez em quando);

·         Secreção vaginal de odor fétido;

·         Dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais.

Orientações:                                                                

Ø  Mulheres com idade entre 25 e 64 anos devem realizar exame preventivo ginecológico anualmente. Após dois exames normais seguidos, devem realizar um exame a cada três anos;

Ø  No caso de exames alterados, devem seguir as orientações médicas.

O Câncer de colón e reto:

Deve procurar um profissional de saúde caso apresente queixas ou alterações como:

·         Perda de sangue nas fezes;

·         Dor e/ou massa abdominal;

·         Melena (sangue nas fezes);

·         Constipação intestinal;

·         Diarreia;

·         Náuseas;

·         Vômitos;

·         Fraqueza;

·         Tenesmo (sensação de constante necessidade de defecar).

Orientações:                                                                                             

Ø  Pessoas com mais de 50 anos devem se submeter, anualmente, à pesquisa de sangue oculto nas fezes. Caso o resultado seja positivo, é recomendada a colonoscopia ou retossigmoidoscopia (exame de imagem que vê o intestino por dentro);

Ø  Uma alimentação rica em vegetais e laticínios e pobre em gordura (principalmente a saturada), além da prática de atividade física regular, previne o câncer colorretal;

Ø  Deve-se ainda evitar o consumo exagerado de carne vermelha;

Ø  Alguns fatores aumentam o risco de desenvolvimento da doença, como idade acima de 50 anos, história familiar de câncer colorretal, história pessoal da doença (já ter tido câncer de ovário, útero ou mama), baixo consumo de cálcio, além de obesidade e sedentarismo.

Fique atento, suspeite!

A prevenção e a detecção precoce são as melhores armas para o controle do câncer.

FONTE: Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação Geral de Ações Estratégicas. Coordenação de Educação. ABC do câncer : abordagens básicas para o controle do câncer / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, Coordenação Geral de Ações Estratégicas, Coordenação de Educação ; organização Luiz Claudio Santos Thuler. – 2. ed. rev. e atual.– Rio de Janeiro: Inca, 2012. 129 p.

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Alimentação pós Carnaval

Elza Maria Freire Santana - Nutricionista

CRN9-2938

Normalmente após o carnaval, o corpo está cansado, com pouca energia, muitas vezes sentindo a diferença na rotina alimentar e desidratado (uma das principais consequências do consumo de álcool). Esta desidratação se agrava no carnaval, com a perda de líquidos pelo suor, devido ao esforço físico e exposição ao sol.

A essa junção de fatores podemos chamar de “ressaca”. Outras duas causas da ressaca são a hipoglicemia e a intoxicação por acetaldeído (gerado pela metabolização do álcool).

Depois de tantos dias de festa, hidratar-se e ingerir alimentos leves e de fácil digestão são a melhor opção. Não pule refeições e alimente-se a cada 3 horas. Segue outras dicas que são úteis, não só no pós carnaval, mas para o dia a dia:

§  Beba muita água!

Mesmo que você não tenha sede ou esteja indisposto. A água de coco e sucos naturais de frutas também são ótimas sugestões. Esqueça os refrigerantes, os sucos de caixa ou os de pacote!

§  Faça refeições leves.

Uma alimentação leve quer dizer saladas bem coloridas (dê preferência às saladas cruas), carnes magras e frutas variadas. Fuja dos alimentos gordurosos, congelados, industrializados, fast-foods e alimentos muito condimentados. Lembre-se que é necessário recuperar as energias, eliminar as toxinas e regenerar o fígado, principalmente se você ingeriu bebidas alcoólicas durante a folia.

§  Use pouco sal.

O sódio presente no sal e nos alimentos industrializados promove maior retenção líquida, o que acaba resultando em inchaço e mais indisposição! Nesse momento de desintoxicar, não abuse do sal.

§  Planeje sua alimentação.

Não espere encontrar muitas opções saudáveis na rua. Talvez você não as encontre e acabe optando pelos alimentos errados, por isso uma dica é: prepare seus lanches em casa e leve junto com você! Frutas in natura, frutas secas, oleaginosas e sanduíches com pão integral são ótimas escolhas.

E lembre-se, o ideal é se alimentar bem o ano inteiro!

Nossa conscientização muda com o conhecimento e, assim, aos poucos, mudamos nossos hábitos!!!

Faça escolhas saudáveis.

Pratique saúde!

O CARNAVAL VEM AI! 

Cuidados com a alimentação em viagens e festas de rua!

 Por Elza Maria Freire Santana - Nutricionista GAPC

CRN9-2938

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Para os foliões que irão viajar, na hora de escolher o restaurante, devem-se evitar lugares onde é possível perceber que não há nenhum cuidado com a higiene. Também evite ingerir alimentos de origem duvidosa, principalmente lanches que contenham maionese em sua composição. Opte por locais que ofereçam uma alimentação leve e balanceada. No almoço e no jantar é sempre bom dar preferência aos grelhados, verduras e legumes. Os vegetais também são ricos em fibras, importantes para a reposição de minerais que são eliminados.  E não se esqueça de lavar as mãos antes de todas as refeições!

Mas, se o seu destino é a praia, evite comer alimentos expostos ao sol ou a altas temperaturas. Para se refrescar nestes dias quentes, sorvete é sempre uma boa alternativa, principalmente os de frutas, pois são mais hidratantes e menos calóricos. Mate, limonadas, água de coco e chás são úteis na reposição de líquidos.

Agora, se você está pensando em acompanhar os blocos de carnaval ou já está com o seu abadá comprado, a dica é que antes ou durante o percurso você ingira pelo menos um lanche leve ou uma fruta. As barras de cereais também são uma boa opção, pois são práticas, gostosas e possuem em sua composição carboidratos e fibras.

Chamamos a atenção para os lanches naturais, pois nem sempre são uma boa opção. Se for mantido fora de refrigeração, a maionese e os frios estragarão. Outro cuidado é com os petiscos preparados em barraquinhas sem acondicionamento térmico, visto que pode levar a uma intoxicação alimentar.

Não esqueça, as dicas que são dadas aqui não substituem a avaliação mais detalhada de um profissional. Se possível, procure um profissional Nutricionista que irá lhe avaliar e estabelecer um plano alimentar de acordo com suas necessidades.

Bom Carnaval!

O CARNAVAL VEM AI!! 

Cuide da sua alimentação!

Por Elza Maria Freire Santana - Nutricionista GAPC

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CRN9-2938

Está chegando o carnaval e sabemos que é tempo de festa, alegria e samba no pé.

Nesta época observamos que é comum o exagero de bebidas alcoólicas, a má alimentação, a falta de líquidos, as noites mal dormidas, o excesso de exposição ao sol. Esses fatores podem trazer malefícios a sua saúde.

Para se manter saudável e aguentar todos os dias de folia, seguem algumas dicas:

Um cuidado especial deve ser dado à hidratação. NÃO SE ESQUECER DE BEBER MUITA ÁGUA!

Na agitação da festa, os foliões perdem muita água pelo suor, além do fato de estarmos no verão, época em que o cuidado com a hidratação deve ser redobrado. O conselho é tomar, sempre que possível, bastante líquido, em torno de 2 a 3 litros no mínimo. Uma dica legal para aquele momento de suor intenso é consumir águas minerais, que têm sódio, potássio e magnésio, água de coco ou um isotônico, pois irá repor os sais minerais e vitaminas perdidos com o suor.

Para se manter hidratado, o consumo suco de frutas e chás também são boas opções, evitando os refrigerantes.

Para aqueles que gostam de tomar uma cervejinha ou outras bebidas alcoólicas, não esquecer de tomar um copo de água entre uma dose e outra. O álcool desidrata o organismo e por isso temos que lembrar de estar sempre consumindo água. Assim evitamos a famosa ressaca no dia seguinte.

E se for beber, não se esqueça de se alimentar. Nada de ingerir bebidas alcoólicas de estômago vazio. É bom lembrar que oito latinhas significam 980 calorias!!!

Caso o cuidado não tenha acontecido e por isso apresente sinais de desidratação, como: câimbras, moleza no corpo, tonturas, vômitos, pouca urina, enjoos, vista turva, luzes piscando, boca e pele secas, desmaios, com a queda de temperatura e pressão, recomenda-se tomar um suco de fruta como laranja, limonada ou água de coco, que possuem absorção rápida e eficaz. 

COMO RECEBER UM DIAGNÓSTICO DE UMA DOENÇA CHAMADA CÂNCER?

Não sei! Todo ser humano possui expectativas, fantasias conscientes e inconscientes. O paciente com câncer não é diferente, e são muitas as fantasias que são criadas, algumas coerentes com a realidade outras não. “Quando uma pessoa descobre que está com câncer, mesmo que o prognóstico seja positivo, surge uma expectativa relacionada à morte”(GANDIN ;PAULILO, 2010). Entretanto, pode-se interpretar a “morte” de diversas formas. Morte de uma realidade que a pessoa tinha e que pode mudar, morte de certezas que a pessoa tinha e pode mudar, morte de sonhos que eram feitos e que terão que ser colocados mais para frente, etc.

Diante do diagnóstico de uma doença, no caso o Câncer, é importante que o paciente esteja com profissionais que confie, pois a confiança e o vínculo feito com a equipe que cuidará do paciente facilita o tratamento, seja uma operação, seja uma quimioterapia, uma radioterapia, etc.

Comparo nossa mente com nosso aparelho digestivo. Quando comemos exageradamente o aparelho digestivo terá mais trabalho para fazer a digestão, não sabemos o que pode acontecer, se a digestão vai ser possível, se a quantidade vai ser demais para o organismo, se o organismo utilizará outros mecanismos para absorver ou expulsar aquela quantidade de alimentos. Nossa mente também possui mecanismos para lidar com nossos conteúdos emocionais. Como cada pessoa funciona mentalmente de um jeito, não há como dizer como cada um vai lidar com a notícia do diagnostico de uma doença. Entretanto, facilitar essa “digestão” é algo interessante. O atendimento por um profissional da psicologia pode ser visto como uma técnica que pode facilitar o mecanismo de “digestão” da noticia e das consequências que esse impacto traz para a vida do paciente. O que ele pensa, quais são os medos, quais as expectativas, quais as fantasias criadas, etc.

Enfim, cada experiência é única e individual, porém estar com pessoas queridas próximas, seja amigos, seja família, seja parceiros amorosos, seja profissionais confiáveis, ajudam a passar por qualquer situação.

Lidiane da Silva Braga

Psicóloga Clinica atuante no GAPC

Graduanda em Psico-Oncologia

Referencias: GANDIN,L.A.A;PAULILO,M.A.S._Cuidados Paliativos: a visão de pacientes além de possibilidades terapêuticas.[on-line]. Disponível em:  http://www.uel.br/revistas/ssrevista/c_v6n2_luiza.htm

Re- Começar

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Todo início de ano falamos em planejar “coisas” para o novo ano, organizar a vida, mudar. É compreensível pensarmos que a vida é feita de etapas, de fases; quando uma etapa termina, outra começa, e tudo o que está começando é bom ser construído, pensado, planejado.

Quando o ano termina pensa-se que uma etapa terminou, fechou um ciclo. Será? Depende da experiência e vivência de cada um. Para uns o início do ano é apenas uma continuação de uma fase, para outros é o recomeço de uma etapa ou o começo.

Por que pensar em mudança, em planos, somente quando uma etapa termina? A vida é passível de mudança enquanto existe vida, seja no meio de uma etapa, no início ou no fim. O que é preciso para mudar? Vontade. Desejo.  Estar atento aos seus desejos é importante para conseguir realizar seus sonhos e planos. Enquanto estamos vivos podemos desejar coisas, situações, pessoas, independente do que está acontecendo. Entretanto para desejar é preciso EXISTIR.

Que todos possam existir mais em 2015!

Lidiane da Silva Braga

Psicóloga Clínica atuante no GAPC

Graduanda em Psico-Oncologia.