O Câncer na Mulher
Por Gabriela Versiani Costa - Enfermeira do GAPC
O câncer pode surgir em qualquer parte do corpo. Alguns órgãos são mais afetados do que outros, e cada órgão, por sua vez, pode ser acometido por tipos diferenciados de tumor, mais ou menos agressivos. Quanto antes o câncer for detectado e tratado, mais efetivo o tratamento tende a ser, possuindo maior possibilidade de cura e melhor será a qualidade de vida do paciente. O diagnóstico precoce é realizado com o objetivo de descobrir o mais cedo possível uma doença por meio dos sintomas e/ou sinais clínicos que o paciente apresenta.
Os tipos de câncer mais incidentes nas mulheres são os de
mama, colo do útero e cólon e reto. Agora, veremos as ações que fazem parte da
detecção precoce.
O Câncer de mama:
Deve
procurar um profissional de saúde caso apresente queixas ou alterações como:
·
Sintomas como: dor, calor, edema, rubor ou
descamação na mama;
·
Alteração na forma ou tamanho da mama;
·
Alteração na auréola ou no mamilo;
·
Presença de nódulo ou espessamento na mama, próximo
a ela, ou na axila;
·
Sensibilidade ou saída de secreção pelo
mamilo, inversão do mamilo para dentro da mama;
·
Enrugamento ou endurecimento da pele da mama (a
pele apresenta um aspecto de casca de laranja).
Orientações:
Ø Exame
clínico da mama, para todas as mulheres a partir de 40 anos de idade anualmente,
devendo ser realizado em todas as consultas clínicas, independente da faixa
etária da mulher;
Ø Na
faixa de 50 a 69 anos, além do exame clínico da mama anual, a mulher deve fazer
uma mamografia a cada dois anos;
Ø Exame
clínico da mama e mamografia anual, a partir dos 35 anos, para as mulheres
pertencentes a grupos populacionais com risco elevado de desenvolver câncer de
mama;
Ø Garantia
de acesso a diagnóstico, tratamento e seguimento para todas as mulheres com
alterações nos exames realizados.
O Câncer de colo de útero:
Deve
procurar um profissional de saúde caso apresente queixas ou alterações como:
·
Sangramento vaginal após a relação sexual;
·
Sangramento vaginal intermitente (sangra de
vez em quando);
·
Secreção vaginal de odor fétido;
·
Dor abdominal associada a queixas urinárias
ou intestinais.
Orientações:
Ø Mulheres
com idade entre 25 e 64 anos devem realizar exame preventivo ginecológico
anualmente. Após dois exames normais seguidos, devem realizar um exame a cada
três anos;
Ø No
caso de exames alterados, devem seguir as orientações médicas.
O Câncer de colón e reto:
Deve
procurar um profissional de saúde caso apresente queixas ou alterações como:
·
Perda de sangue nas fezes;
·
Dor e/ou massa abdominal;
·
Melena (sangue nas fezes);
·
Constipação intestinal;
·
Diarreia;
·
Náuseas;
·
Vômitos;
·
Fraqueza;
·
Tenesmo (sensação de constante necessidade de
defecar).
Orientações:
Ø Pessoas
com mais de 50 anos devem se submeter, anualmente, à pesquisa de sangue oculto
nas fezes. Caso o resultado seja positivo, é recomendada a colonoscopia ou retossigmoidoscopia
(exame de imagem que vê o intestino por dentro);
Ø Uma
alimentação rica em vegetais e laticínios e pobre em gordura (principalmente a
saturada), além da prática de atividade física regular, previne o câncer
colorretal;
Ø Deve-se
ainda evitar o consumo exagerado de carne vermelha;
Ø Alguns
fatores aumentam o risco de desenvolvimento da doença, como idade acima de 50
anos, história familiar de câncer colorretal, história pessoal da doença (já
ter tido câncer de ovário, útero ou mama), baixo consumo de cálcio, além de
obesidade e sedentarismo.
Fique
atento, suspeite!
A
prevenção e a detecção precoce são as melhores armas para o controle do câncer.
FONTE: Instituto
Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação Geral de Ações
Estratégicas. Coordenação de Educação. ABC do câncer : abordagens básicas para
o controle do câncer / Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da
Silva, Coordenação Geral de Ações Estratégicas, Coordenação de Educação ;
organização Luiz Claudio Santos Thuler. – 2. ed. rev. e atual.– Rio de Janeiro:
Inca, 2012. 129 p.
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