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quinta-feira, 19 de setembro de 2013


QUANDO O ESTRESSE PENETRA NA PELE

março de 2013
Angelika Bauer-Delto

Às 5h45 do dia 17 de janeiro de 1995 a terra tremeu no sul do Japão. Em apenas 20 segundos, a catástrofe natural em Kobe eliminou ávida mais de 6 mil pessoas e aniquilou 300 mil casas. A violenta destruição não passou incólume pelo psiquismo dos afetados. Conforme comprovam inúmeros estudos, nas áreas destruídas repentinamente muito mais gente passou a sofrer de doenças vasculares associadas ao estresse, em comparação às estatísticas nas regiões não afetadas. 

No entanto, a sobrecarga emocional não prejudica apenas o coração. O dermatologista Atsuko Kodama, do Centro Médico de Câncer e Doenças Cardiovasculares de Osaka, observou em 1999 que a catástrofe provocou um efeito surpreendente: piorou sensivelmente também a situação da pele de muitas pessoas com neurodermite. Mais de um terço da população passou a sofrer de eczemas, coceiras e inflamações cutâneas com mais frequência.

Essa constatação não surpreende pessoas que sofrem com problemas de pele. Em geral, elas sabem que irritação, preocupações e tensão podem piorar os sintomas. Principalmente as doenças de pele inflamatórias como a neurodermite, a psoríase (uma manifestação autoimune que causa uma forte descamação da pele) ou o vitiligo pioram justamente quando estamos diante de uma situação na qual nos sentimos avaliados, enfrentamos uma grande frustração ou em casos de conflito.

Em várias ocasiões a origem do problema está na infância. É o que demonstraram em 2010 a psicóloga Edita Simoni e seus colegas do Departamento de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Universidade de Rijeka, na Croácia. Os pesquisadores entrevistaram pacientes com psoríase e pessoas saudáveis do grupo de controle, perguntando sobre experiências traumáticas que tinham vivido na infância. De fato, aqueles que sofriam de psoríase relataram com muito mais frequência experiências dolorosas e estressantes. Vários, no entanto, começaram a sofrer com as escamações de pele somente na adolescência. Os pesquisadores supõem que, provavelmente, a instabilidade emocional tão presente nessa fase da vida reforça os efeitos negativos das vivências traumáticas.

Mas por qual caminho o estresse “penetra na pele”? Segundo médicos e psicólogos, a tensão e a sobrecarga emocional crônicas desequilibram as defesas do corpo – principalmente se faltam estratégias pessoais adequadas de superação (por exemplo, acompanhamento psicológico, hábito de praticar meditação e espaço entre os afazeres diários para simplesmente se dedicar a atividades prazerosas).

EM DESEQUILÍBRIO 
Quando enfrentamos uma situação estressante, os sistemas nervoso, hormonal e imunológico reagem com um complicado mecanismo de adequação. O corpo libera mais os chamados receptores adrenérgicos: adrenalina e noradrenalina. Essas substâncias elevam a frequência cardíaca e a pressão sanguínea – o que nos prepara para uma eventual fuga ou luta. Além disso, deflagram processos que podem culminar em inflamações: células do sistema imunológico se deslocam do sangue até os tecidos para atacar potenciais agentes patogênicos, caso estes sejam identificados.

Pouco depois, entra no jogo o cortisol, conhecido como o hormônio do estresse. Sua tarefa consiste em reverter as inflamações causadas pela adrenalina e noradrenalina. Problemas crônicos, principalmente na infância, costumam atrapalhar o equilíbrio dessas duas reações. Assim, em algum momento o corpo pode não produzir mais cortisol suficiente. Se essas pessoas são submetidas a fortes sobrecargas psíquicas, as inflamações resultantes não são mais aliviadas – um passe livre para as neurodermites e outros problemas de saúde.

Em 2008, pesquisadores coordenados por Eva Peters, da Santa Casa de Berlim, descobriram a importância de outro sistema bioquímico do estresse para doenças psicossomáticas de pele – o chamado eixo de neuropeptídeos e neurotrofinas. Durante um dia inteiro, os cientistas submeteram camundongos que sofriam de uma espécie de neurodermite a um barulho que causava temor.

Ao analisarem a pele dos animais procurando diversos marcadores de inflamações, os pesquisadores alemães perceberam a presença de um tipo específico de célula nervosa que se multiplica de forma especialmente rápida em situações de estresse. Nessas ocasiões, os neurônios liberam diversas moléculas mensageiras, entre elas a proteína “substância P”. Esta, por sua vez, põe em cena os mastócitos – agentes do sistema imunológico que liberam histamina (substância que aparece em caso de alergias, causa coceiras insuportáveis e faz a pele inchar). Aparentemente ela também é responsável pelo surgimento de eczemas em fases de turbulências psíquicas.

Agora cientistas buscam possibilidades de tornar a substância P inócua. “Um medicamento que inibisse o efeito da substância poderia ser um importante elemento terapêutico para refrear as reações inflamatórias da pele”, acredita Eva Peters. O problema é que nem sempre apenas medicamentos são suficientes para reverter processos orgânicos complexos. Hoje, médicos e psicólogos utilizam cada vez mais técnicas de relaxamento e psicoterapia para complementar os procedimentos de tratamento dermatológico. “Parece inegável que doenças crônicas de pele estão, na maioria dos casos,  associadas a doenças psíquicas como ansiedade e depressão”, afirma Uwe Gieler, da Clínica de Psicossomática e Psicoterapia da Universidade de Giessen, na Alemanha.

Muitas vezes, os problemas físicos e psíquicos entram em um ciclo vicioso: o estresse estimula as reações inflamatórias da pele e a coceira aumenta. Os pacientes se coçam, o que piora ainda mais a inflamação. Assim, principalmente as noites se tornam uma tortura. Instaura-se então um círculo vicioso: as pessoas dormem mal, sua disposição e desempenho durante o dia diminuem e elas tendem a sentir o estresse “normal” de fora especialmente pronunciada, o que prejudica ainda mais os sintomas. Além disso, devido às alterações visíveis da pele, frequentemente se sentem estigmatizadas e emocionalmente fragilizadas.

Alguns programas de acompanhamento têm ajudado crianças, jovens e seus pais a lidar com a patologia. Na Alemanha foi desenvolvido o Consórcio para Treinamento para Conviver com Neurodermite (Agnes, na sigla alemã), com base na psicologia comportamental.  Durante as reuniões, médicos e psicólogos oferecem informações sobre a doença; ensinam, por exemplo, como agem os desencadeadores típicos das crises e como evitá-los. Os pacientes aprendem como cuidar corretamente da pele e o que podem fazer contra a coceira. Administração do estresse e técnicas de relaxamento estão também entre os temas abordados. Além disso, os participantes têm a oportunidade de trocar experiências e buscar os possíveis sentidos que os sintomas ocupam em sua história de vida.

Outro programa, Estudo Alemão sobre Intervenções em Dermatite Atópica (Gadis, na sigla em inglês), realizado com mais de 800 crianças e adolescentes que sofriam de neurodermite, mostrou que um treinamento de seis semanas pode favorecer sensivelmente o estado da pele. Tanto as crianças quanto adultos que cuidavam delas passaram a lidar melhor com a doença e sua qualidade de vida melhorou muito. Um ano após o treinamento, os efeitos ainda permaneciam. Atualmente, especialistas concordam que aprender como superar o estresse psíquico, todos os dias, é essencial para nos sentirmos bem na própria pele.



terça-feira, 17 de setembro de 2013


Estresse e o câncer
Escrito por Marcia Virgili- Especialista em psicologia clinica , psiconcologista e mestre em psicanálise .
Fonte: Morguefile

O Estresse, seja ele de natureza física, psicológica ou social, é um termo que
compreende um conjunto de reações fisiológicas, as quais, sendo exageradas em intensidade e duração, acabam por causar desequilíbrio no organismo, freqüentemente com efeitos danosos.

O conceito original de estresse foi apresentado antes (1936) pelo pesquisador canadense de origem francesa Hans Selye, a partir de experimentos em que animais eram submetidos a situações agressivas diversas (estímulos estressores), e cujos organismos respondiam sempre de forma regular e específica.

Quando dizemos Stress significa esforço de adaptação do organismo para enfrentar situações que considere ameaçadoras a sua vida e a seu equilíbrio interno.

A vulnerabilidade individual e a capacidade de adaptação são muito importantes na ocorrência e na gravidade das reações ao processo de "Estresse". O desenvolvimento do processo de "Estresse" depende tanto da personalidade do indivíduo quanto do estado de saúde em que este se encontra (equilíbrio orgânico e mental), por isso nem todos desenvolvem o mesmo tipo de resposta diante dos mesmos estímulos. Estilo de vida, experiências passadas, atitudes, crenças, valores, doenças e predisposição genética são fatores importantes no desenvolvimento do processo de estresse. O risco de um estímulo estressor gerar uma doença é aumentado se estiverem associadas exaustão física ou fatores orgânicos.

Existem pesquisas que sugerem que os  efeitos do estresse emocional podem deprimir o sistema imunológico, abalando as defesas naturais contra o Câncer e outras enfermidades.

O stress pode ter influencias sobre o sistema  endócrino ,gástrico e vários outros , sendo interessante primeiramente uma avalição medica para saber  sobre este mal estar , mesmo que a pessoa desconfie que os fatores determinantes para este mal seja de ordem emocional.

Há maiores possibilidades de que ocorram doenças após acontecimentos altamente estressantes na vida da pessoa. Quando uma pessoa sofre dissabores emocionais, há um aumento não só das doenças reconhecidamente suscetíveis à influência emocional: úlceras, aumento da pressão sanguínea, doenças cardíacas, dores de cabeça, mas também de doenças infecciosas, dores lombares e até acidentes.

O Câncer, por exemplo, surge como uma indicação de problemas em outras áreas da vida da pessoa, agravados ou compostos de uma série de estresses que surgem de 6 a 18 meses antes de aparecer o Câncer. Foi observado que as pessoas reagiram a esses estresses com um sentimento de falta de esperança, desespero, desistindo de lutar por uma vida melhor.

Acredita-se que essa reação emocional dispara um conjunto de reações fisiológicas que suprimem as defesas naturais do corpo, tornando-o suscetível à produção de células anormais, devido a um desequilíbrio profundo mental, hormonal, orgânico e psicológico.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

SAÚDE DA MULHER

Culturalmente a mulher aprende que é importante cuidar de si e do outro, no entanto este cuidado com a saúde é hoje um grande desafio. São tantas preocupações que povoam a cabeça das mulheres como, filhos, casa, trabalho, carreira, estudo, relacionamento, estética, que a saúde pode ser colocada em último plano. É necessário lembrar que acima de todas as atividades que desempenham, está a saúde da mulher, pois sem ela não é possível levar a vida adiante!

O Instituto Oncoguia publicou em seu site no mês de Agosto um lembrete importante sobre a saúde da mulher, que reproduzimos aqui:

MULHERES: PARA NÃO ESQUECER
A partir da primeira menstruação
•   Ir ao ginecologista (anualmente).
•   Fazer exame pélvico (anualmente).
•   Autoconhecimento das mamas (mensalmente).
•   Utilizar camisinha nas relações sexuais.

A partir da primeira relação sexual

•   Ir ao ginecologista (anualmente).
•   Exame pélvico (anualmente).
•   Autoconhecimento das mamas (mensalmente).
•   Papanicolaou (anualmente e/ou a cada 3 anos, se os dois últimos resultados forem favoráveis).
•   Exame clínico das mamas (anualmente).

A partir dos 40 anos de idade

•   Ir ao ginecologista (anualmente).
•   Exame pélvico (anualmente).
•   Autoconhecimento das mamas (mensalmente).
•   Papanicolaou (anualmente e/ou a cada 3 anos, se os dois últimos resultados forem favoráveis).
•   Exame clínico das mamas (anualmente).
•   Mamografia (anualmente).
•   Ultra-som pélvico (anualmente).
•   Densitometria óssea (anualmente).
•   Teste de sangue oculto nas fezes (anualmente).

A partir dos 50 anos
•   Ir ao ginecologista (anualmente).
•   Exame pélvico (anualmente).
•   Autoconhecimento das mamas (mensalmente).
•   Papanicolaou (anualmente e/ou a cada 3 anos, se os dois últimos resultados forem favoráveis).
•   Exame clínico das mamas (anualmente).
•   Mamografia (anualmente).
 
•   Ultra-som pélvico (anualmente).
•   Densitometria óssea (anualmente).
•   Teste de sangue oculto nas fezes (anualmente).
•   Colonoscopia (anualmente).

Fontes:

Oncoguia. Homens: para não esquecer. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/homens-para-nao-esquecer-/171/29/ Acesso em 20 Ago. 2013.

terça-feira, 10 de setembro de 2013


SAÚDE DO HOMEM

Hoje o papo aqui é sobre homem, especificamente sobre a saúde masculina. Entre eles um comportamento é unânime, não vão ao médico de jeito nenhum! Quem conhece um homem assim?

Todos sabem da importância de se cuidar da saúde, visitas regulares ao médico, exames anuais, são atitudes que fazem parte de um comportamento preventivo que pode garantir ao indivíduo uma vida mais longa e melhor. Mesmo assim, esperam a chegada da doença, muitas vezes escondem os sintomas por muito tempo, e só vão ao médico quando a situação está insuportável.

Este comportamento rende aos homens uma expectativa de vida 7,6 anos menor que a das mulheres, segundo dados do Ministério da Saúde. A questão do cuidado com a saúde é cultural, enquanto a mulher aprende que deve preocupar-se com o bom funcionamento do seu corpo (até por questões reprodutivas), o homem aprende que precisa ser sempre forte, passando uma imagem de “super-herói” que nunca se fragiliza, o que é uma grande ilusão.

É necessário vencer esta barreira cultural, superar o preconceito contra determinadas especialidades médicas e seus exames e partir para a busca de uma vida com mais qualidade, prevenindo e tratando eventuais problemas em seu estágio inicial.

O Instituto Oncoguia publicou em seu site no mês de Agosto um lembrete importante sobre a saúde masculina, que reproduzimos aqui:

HOMENS: PARA NÃO ESQUECER
A partir dos 45 anos de idade
•   Ir ao Urologista (anualmente).
•   PSA (anualmente).
•   Exame de Toque (anualmente).
•   Teste de sangue oculto nas fezes (anualmente).

A partir dos 50 anos
•   Continuar indo ao Urologista (anualmente).
•   PSA (anualmente).
•   Exame de Toque (anualmente).
•   Teste de sangue oculto nas fezes (anualmente).
•   Colonoscopia (anualmente).

Complementando: “Utilizar camisinha nas relações sexuais. Em caso de qualquer alteração física, independente da idade, buscar atendimento médico. Analise se está em dia com a sua saúde e caso não esteja, marque no Posto de Saúde uma consulta. Cuide-se!!!” Mensagem da Enfermeira do GAPC, Karine Prado.

Fontes:
Oncoguia. Homens: para não esquecer. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/homens-para-nao-esquecer-/171/29/ Acesso em 20 Ago. 2013.
BRASIL. Saúde do Homem. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/saude-do-homem Acesso em 05 Set. 2013.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

ALIMENTAÇÃO E CÂNCER

Comida que cuida 1 – Sanofi-Aventis

Encerrando a série de receitas do livro Comida que Cuida – Câncer, hoje apresentamos uma opção de sobremesa! Um brigadeiro para comer sem culpa! Veja abaixo:

BRIGADEIRO DE SOJA DE COLHER

1 colher (sopa) de amido de milho

2 xícaras (chá) de bebida à base de soja (sabor baunilha)

1 ½ xícara (chá) de açúcar

1 colher (sopa) de margarina light

½ xícara (chá) de chocolate em pó

Em uma panela grande, dissolva o amido de milho na bebida à base de soja. Junte o açúcar e a margarina light e leve ao fogo médio mexendo sempre. Espere ferver. Abaixe o fogo e cozinhe por 20 minutos. Misture de vez em quando. Adicione o chocolate em pó, misturando até ficar homogêneo. Cozinhe por mais 5 minutos, mexendo até começar a soltar do fundo da panela. Distribuir, depois de frio, em pequenos copos transparentes.

Confira mais receitas no endereço:

terça-feira, 3 de setembro de 2013

ALIMENTAÇÃO E CÂNCER

Comida que cuida 1 – Sanofi-Aventis

Continuando com as receitas do livro Comida que Cuida – Câncer, hoje apresentamos uma opção de carne! Esta receita não contém lactose e seu nível de gordura é quase nulo (depende da qualidade da carne), pois é assada, o que torna a refeição mais leve. Além de agradar o paladar, a praticidade da receita é interessante também para o cozinheiro (a)! Veja abaixo:

ROCAMBOLE DE CARNE (p.82)

1kg de carne moída

3 colheres (sopa) de farinha de trigo

8 colheres (sopa) de farinha de rosca

1 ovo inteiro

½ cebola média

2 dentes de cabeças de alho

Sal a gosto

2 cenouras médias

Misture todos os ingredientes formando uma massa firme. Cozinhe levemente a cenoura, temperada com sal, alho e cebola a gosto. Estique a massa sobre um plástico, coloque a cenoura cozida e temperada no meio da massa enrole até o final. Asse em forno quente, enrole em papel alumínio, por até 30 minutos.

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