LIMPEZA
PROFISSIONAL EM AMBIENTES HOSPITALARES
A limpeza nos ambientes hospitalares é imprescindível para a prevenção de infecções e contaminações dos pacientes, funcionários e demais pessoas que circulam neste meio diariamente.
PRODUTOS
DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO
A
utilização de produtos de limpeza e de desinfecção, quando for o caso,
precisa
estar de acordo com as determinações da Comissão de controle e infecção da
instituição se houver. A sua seleção também deverá considerar os seguintes critérios:
ü
Natureza da superfície a ser limpa ou
desinfetada, e se pode sofrer
ü
corrosão ou ataque químico.
ü
Tipo e grau de sujidade e sua forma de
eliminação.
ü
Tipo de contaminação e sua forma de
eliminação, observando microrganismos envolvidos, com ou sem matéria orgânica
presente.
ü
Qualidade da água e sua influência na limpeza
e desinfecção.
ü
Método de limpeza e desinfecção, tipo de
máquina e acessórios existentes.
ü
Medidas de segurança na manipulação e uso.
Caso o germicida entre em contato direto com funcionários, considerar a
irritação dérmica e toxidade.
Produtos
Químicos
Todos
os produtos químicos apresentam algum risco para quem os manuseia.
O
ideal é que a empresa responsável pelo fornecimento oriente e treine os
usuários, demonstrando como utilizar corretamente e sem riscos para a saúde
e/ou para as áreas a serem limpas, com o uso de medidas simples como a
utilização de EPI (Equipamento de Proteção Individual).
Em
qualquer diluição de produtos concentrados, os usuários devem seguir as
orientações
do fabricante para obter o resultado esperado. As diluições devem ser feitas
com muito cuidado, evitando respingos de produtos concentrados, tanto no auxiliar
de limpeza como no ambiente onde está sendo feita a manipulação. Alguns produtos,
principalmente os concentrados, podem causar irritação na pele, olhos, mucosas
e até queimaduras nos operadores. Deve-se estar atentos às dosagens recomendadas,
uma vez que nas dosagens manuais podem ocorrer erros na diluição, o que
inclusive compromete a eficácia do produto. O recipiente onde está sendo
diluído o produto deve estar limpo e ser lavado entre a diluição de um produto e
outro.
As
diluições devem ser feitas sempre acrescentado ao produto água e não
ao
contrário, é obrigatório utilizar sempre um dosador para proceder à diluição.
O
armazenamento deve ser feito em locais onde a temperatura ambiente não
apresente
calor ou frio excessivos, distante de crianças e animais e/ou conforme outras
orientações do fabricante, além de sempre estarem devidamente identificados. Produtos
são conhecidos por seus nomes e não por suas cores. Um cuidado adicional é o de
armazenar a solução de uso em recipientes fechados, evitando a contaminação do
mesmo.
Engano
comum no manuseio de produtos químicos para limpeza é achar que
misturar
produtos aumenta eficácia, o que não é verdade. Essa mistura pode
produzir
gases tóxicos, níveis de calor perigosos, danos a saúde e ao meio
ambiente,
sem contar que a mistura pode neutralizar os produtos, invalidando a
aplicação.
COLETA
DE LIXO
ü
Recolher o lixo antes de qualquer tipo de
limpeza.
ü
As lixeiras deverão ser esvaziadas ao atingir
2/3 de sua capacidade.
ü
Lavar as lixeiras diariamente e sempre que
necessário.
ü
O lixo deve ser recolhido sempre que for
necessário.
ü
Acondicionar o resíduo biológico (Resolução
306-ANVISA, 358 CONAMA e NT426001 - COMLURB) em saco plástico branco leitoso.
ü
Acondicionar o resíduo comum (Resolução
306-ANVISA e 358 CONAMA e NT426001 - COMLURB) em saco plástico nas cores verde,
azul ou outra cor que o EAS (estabelecimento de assistência a saúde)
recomendar.
ü
O EAS que adotar o sistema de reciclagem,
acondicioná-los em sacos
transparentes ( Lei
municipal 3273 de.2001 -COMLURB).
ü
Manter os recipientes de lixo em locais
afastados do tráfego de pessoas e fechados.
ü
Não colocar sacos de lixo pelos corredores,
os mesmos devem ser
ü
armazenados no container do abrigo interno e
encaminhados para o abrigo externo. No setor onde não houver abrigo interno os
resíduos deverão ser transportados (em container) para o abrigo externo.
ü
As caixas para materiais perfurocortantes,deverão
ser transportadas em
container específico,
alternando com os outros tipos de resíduos.
ü
Não desprezar o conteúdo de um saco de lixo
em outro saco maior.
ü
O carrinho que transporta o lixo não deve ser
deixado nos corredores e nem em outro local de acesso a paciente, funcionários
e ao público.
ü
No caso de haver derramamento de resíduos no
piso ou em outra superfície, o mesmo deverá ser removido. Em seguida, proceder
a técnica de limpeza do local, seguida por desinfecção quando necessário.
REFERENCIAS
SOUZA, V.H.S.,
MOZACHI, N., O hospital: manual do ambiente hospitalar. 6.ed.
Curitiba, Editora
Manual, 2006.
Secretaria Municipal
da Saúde de Ribeirão Preto. Manual de Limpeza, desinfecção
e Esterilização em
Unidades de Saúde. 2004
OPPERMANN, C.M.
& PIRES L.C. Manual de biossegurança para serviços de
saúde, Porto Alegre
PMPA/SMS/CGVS, 2003.
RODRIGUES E.A. et
al. Infecções Hospitalares: Prevenção e Controle. São Paulo:
Savier.ed, 1997.
Resolução
306-ANVISA, 358 CONAMA e NT 426001 – COMLURB
Lei municipal
3273 de.2001 –COMLURB
http://vocesabendomais.blogspot.com/2009_08_01_archive.html